sábado, 10 de maio de 2014

Avanco da agricultura organica

Certificação. Notícias

2013 aumentam produtores orgânicos brasileiros

Foto: Marcio Shaffer
Foto: Marcio Shaffer
Segundo dados do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos do Ministério da Agricultura, em 2013,  o  saldo  para a agricultura orgânica foi positivo.  O número de organismos avaliadores de conformidade do setor mais que dobrou e o montante de produtores e unidades produtivas teve um aumento de 22%, comparado a 2012. “Esse quadro positivo é consequência do modelo diversificado dos mecanismos de controle para garantia da qualidade orgânica”, avalia o coordenador de Agroecologia da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Rogério Dias.
Em 2012, o país contava com 79 Organizações de Controle Social (OCSs) e quatro Organismos Participativos de Avaliação da Conformidade (OPACs). No ano passado, estes números subiram para 163 e 11, respectivamente.
Como consequência, afirma Rogério, estes números refletem o aumento dos produtores orgânicos em todo o país, porque facilita o registro dos mesmos. No fechamento de 2012, o Brasil contava com cerca de 5,5 mil produtores agrícolas que trabalhavam segundo as diretrizes dos sistemas orgânicos de produção. O ano de 2013 fechou com 6.719 produtores e 10.064 unidades de produção orgânica em todo o Brasil.
A região Sul conta com duas certificadoras, uma OPAC e nove OCSs, que dão credibilidade a 1.896 produtores e 3.165 unidades de produção. Já os 1.463 produtores orgânicos da região Sudeste estão distribuídos entre 41 OCS, quatro OPACs e seis certificadoras que atendem a todo o país. A região Centro-Oeste, que conta com 247 produtores e 269 unidades de produção, possui 18 OCSs e duas OPACs. As regiões Nordeste e Norte não possuem certificadoras, todavia, a região Norte é atendida por 14 OCSs e a Nordeste por 81 OCSs e quatro OPACSs, que controlam 317 produtores na região Norte e 2.796 produtores do Nordeste brasileiro.
Tabela relativa a 2013:

OCS OPAC CERTIF. PRODUTORES UNIDADES DE PRODUÇÃO






NORTE 14 0 0 317 1,023
AC 1 0 0 48 172
AM 1 0 0 66 66
AP 0 0 0 1 24
PA 1 0 0 107 572
RO 9 0 0 89 183
RR 2 0 0 6 6
TO 0 0 0 0 0
NORDESTE 81 4 0 2,796 3,198
AL 3 0 0 21 60
BA 3 0 0 210 389
CE 0 2 0 200 251
MA 0 0 0 30 30
PB 14 0 0 309 332
PE 23 1 0 611 633
PI 8 1 0 978 1,048
RN 10 0 0 182 196
SE 20 0 0 255 259
CENTRO-OESTE 18 2 0 247 269
DF 5 1 0 99 110
GO 1 0 0 32 33
MS 0 1 0 9 16
MT 12 0 0 107 110
SUDESTE 41 4 6 1,463 2,409
ES 5 0 1 103 116
MG 7 1 1 313 466
RJ 1 1 1 215 388
SP 28 2 3 832 1,439
SUL 9 1 2 1,896 3,165
PR 3 0 1 680 1,086
RS 6 1 0 863 1,462
SC 0 0 1 353 617
TOTAL 163 11 8 6,719 10,064
fonte: MAPA
Atualmente, temos mais produtores avaliados por controle social que por certificação por auditoria. A criação destes mecanismos facilitou a transição dos produtores convencionais para o modelo agroecológico, porque diminui a distância e reduz os custos de certificação”, endossa o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha.
As perspectivas para 2014 são de continuidade às diretrizes do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), que têm como meta atingir um total de 28 mil Unidades de Produção Agroecológicas até 2015. Atuamente, o Brasil conta com 12 mil unidades.
A qualidade dos produtos orgânicos no Brasil é garantida de três diferentes maneiras: com a Certificação, o Controle Social para Venda Direta sem Certificação e os Sistemas participativos de Garantia. Juntos, estes três modelos formam o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SisOrg).
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Certificadoras – Empresas públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, que realizam auditorias e inspeções nos processos produtivos, seguindo procedimentos básicos estabelecidos por normas reconhecidas internacionalmente.
Veja a listagem das certificadoras cadastradas:
Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (OPAC) – Organização que assume a responsabilidade formal pelo conjunto de atividades desenvolvidas pelo sistema. As OPACs promovem visitas de verificação da conformidade. O objetivo é a troca de experiências entre os participantes do sistema e a orientação dos fornecedores.
Veja a listagem das OPACs cadastradas:
Organizações de Controle Social (OCS) ou Controle Social – Processo de geração de credibilidade, necessariamente reconhecido pela sociedade, organizado por um grupo de pessoas que trabalham com comprometimento e seriedade. É estabelecido pela participação direta dos seus membros em ações coletivas para avaliar a conformid ade dos fornecedores aos regulamentos técnicos da produção orgânica.
04/02/2014


Importancia da cobertura morta

Cobertura Morta: economia de água e proteção ao solo

morta
A ciência vem pesquisando técnicas que ajudam na produção agrícola reduzindo os custos e aumentando a produtividade. Algumas delas, por mais simples que sejam, podem fazer a diferença. A cobertura morta é uma delas.
O método está sendo adotado por agricultores de Nhandeara  (SP),  e consiste em qualquer tipo de resíduo vegetal que se acumula sobre a terra. Bactérias, fungos e outros microrganismos usarão esse material como alimento, em um processo que conhecemos como decomposição – a maneira natural de retornar à terra o material orgânico utilizado pela geração anterior .
A técnica também auxilia no combate de doenças de maneira natural, conserva a umidade, nutre os alimentos,  e ainda evita que vejam utilizados insumos químicos na plantação, mantendo todo o processo 100% orgânico.
Assista  a seguir uma matéria produzida pela TV Unifev e saiba mais!

fonte  http://www.organicsnet.com.br/2014/05/cobertura-morta-economia-de-agua-e-protecao-ao-solo/

Curso - Cancro Citrico

MAI
02

Mogi Mirim recebe curso de cancro cítrico

O Fundecitrus realiza um curso sobre controle de cancro cítrico, em Mogi Mirim, em 15 de maio (quinta-feira), das 8h30 às 16h30, no Hotel Sol do Mogi.
O objetivo é capacitar citricultores, engenheiros agrônomos e administradores de propriedades produtoras de citros para a tomada de decisões sobre o combate à doença. O curso tem o apoio da Bayer Cropscience.

No curso serão abordadas a importância da doença, a situação atual da incidência no estado de São Paulo e no Brasil, a distribuição geográfica, o ciclo de contaminação, a influência do minador no citros na gravidade da infestação, sintomas, diagnose e as medidas de controle em áreas endêmicas e sob erradicação. Também haverá estudos de caso, práticas de identificação de sintomas e de testes do kit que permite o diagnóstico rápido no campo.

O Fundecitrus criou o treinamento em 2013 para apoiar o produtor na prevenção do cancro cítrico. No ano passado, foram realizados seis cursos na sede do Fundecitrus, em Araraquara. Este ano, já foram realizados cursos em Bebedouro, Itajobi, Votuporanga, Mococa e Ibitinga. Também serão realizados cursos em Avaré (22/05), Araraquara (19/08) e Lins (28/08).

O curso é gratuito. As vagas são limitadas. Clique aqui para fazer a inscrição.

O cancro cítrico tem atingido um número crescente de pomares nos últimos anos. Em 2012, a doença estava em 1,39% de talhões do estado de São Paulo, segundo levantamento amostral do Fundecitrus. Os relatórios de inspeções recebidos pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria Estadual de Agricultura, apontam que 70,7 mil plantas foram erradicadas no segundo semestre de 2013, devido à doença.
Serviço:
Curso de controle estratégico de cancro cítrico
Data: 15 de maio de 2013
Horário: 8h30 às 16h30
Local: Hotel Sol do Mogi - Rodovia Adhemar de Barros (SP 340 - Campinas - Mococa) Km 166 - Mogi Mirim (SP).
Inscrições: www.fundecitrus.com.br/cursos/inscricao ou 0800 112155

Categorias: 2014-05-02 05:23:30

Agrofit - MAPA

Todo profissional das Agrárias precisa conhecer esse fundamental portal de informação!



ATENÇÃO - As informações do registro de agrotóxicos e afins constantes no AGROFIT estão de acordo com as bulas aprovadas pelo MAPA. Na prescrição do Receituário Agronômico é imprescindível que o profissional consulte o rótulo e a bula do produto registrado. Recomendamos aos órgãos fiscalizadores e usuários consultar sempre a CGA/MAPA sobre eventuais divergências técnicas detectadas.

Produtos Agrotóxicos e afins sem registro, ilegais, falsificados ou contrabando. Denuncie: 0800 940 7030

Apresentação

ACESSO RESTRITO/INFORMA PRODUÇÃO

Copyright © 2003 - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins/DFIA/SDA
Dúvidas e sugestões devem ser encaminhadas para o e-mail: agrofit@agricultura.gov.br
http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons

Citricultura - Governança da produção e competitividade


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Escrito por O Estado de S.Paulo - 29/11/2011   
Com cerca de US$ 2 bilhões em exportações, investimentos em pomares, processamento e logística, a cadeia brasileira do suco de laranja criou condições de competitividade para assegurar liderança e crescimento no mercado internacional.

Não é o que vem ocorrendo. A produção e a exportação brasileira se encontram praticamente paralisadas há 10 anos, o que é atribuído à estagnação do mercado e agora à crise internacional, como se produtores que respondem por 3/5 do consumo mundial do suco nada tivessem que ver com o problema da demanda.

Independentemente de fatores externos, a situação no pomar não é nada confortável. A incidência de doenças, os custos de produção e os conflitos entre citricultores e processadores têm aumentado e aos poucos vão erodindo os ganhos de competitividade que tiveram no passado. Pior ainda, o padrão produtivo "conflitivo-concentrador", além de travar o dinamismo da cadeia, tem impactos sociais e econômicos indesejáveis nas regiões onde a laranja é fonte de ocupação, renda e riqueza.

É intrigante que tudo isso ocorra num cenário de boas perspectivas no mercado de sucos em países emergentes.

O quadro conflituoso entre citricultores e processadores não é novo. Data da década de 1990, quando as empresas esmagadoras foram impelidas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a cessarem condutas anticompetitivas no mercado de laranja. Em 2006 a Operação Fanta, da Polícia Federal, recolheu supostas provas de continuidade do conluio entre as empresas processadoras para controlar o mercado de laranja em prejuízo dos citricultores.

À imprensa citricultores se dizem lesados por quebras contratuais; alguns demandam indenizações e aguardam uma decisão do Cade a respeito do processo de cartel. O sentimento entre muitos é de que a atividade se tornou extremamente arriscada e inviável. Implantar e manter um pomar custa caro, o investimento é de longo prazo e a receita é muito incerta, pois depende de preços extremamente voláteis, cuja formação é desprovida de transparência.

Com esse nível de expectativas, não é de estranhar que belos pomares do interior de São Paulo estejam sendo substituídos por cana, provocando concentração nos dois segmentos, que hoje sofrem com investimentos insuficientes, elevação de custos e incertezas institucionais.

Está cada vez mais claro que a sustentabilidade dos negócios depende hoje, e cada vez mais no futuro, de sanção da sociedade, e que a eficiência técnica é cada vez mais dependente da governança social que regula a atividade.

Conflitos entre produtores, trabalhadores e agroindústrias talvez venham a ser o calcanhar de aquiles do agronegócio brasileiro, causa de ineficiências e obstáculos mais importante que o déficit de infraestrutura, que se resolve facilmente com racionalidade pública e institucional para incentivar investimentos na área.

Além da bactéria do greening, o ambiente da citricultura brasileira parece atacado pelos vírus da desconfiança, risco de exclusão e impunidades. Preocupados com esses aspectos, lideranças do setor resolveram criar um conselho, o Consecitrus, nos moldes do Consecana, cujo objetivo é estabelecer consenso em torno de novas bases para o funcionamento do mercado de laranja.

A iniciativa é louvável, mas ameaça incluir apenas o grupo dos maiores produtores e processadores.

O modelo concentrador é insustentável e indesejável num país que busca reparar o seu passado com políticas de inclusão social, valorização do trabalhador e do meio ambiente.

A criação de conselhos e a nova direção anunciada pelo governo para as políticas agrícolas são positivas. Entretanto, resultados sustentáveis somente serão alcançados se os fóruns abarcarem não apenas grandes produtores rurais e capitães da indústria, mas também produtores e trabalhadores que se encontram ameaçados de exclusão, transformando-se assim em verdadeira instância de negociação, e não de imposição de soluções.

Fonte: O Estado de São Paulo